A chegada do Rally dos Sertões 2017 será em Bonito
No ano em que o Rally completa 25 anos de realização, o MS 40 anos de criação, a Retirada da Laguna 150 anos e o centenário do poeta Manoel de Barros, os Sertões terá sua primeira edição em Bonito, capital do ecoturismo do Brasil.
No último dia da Rota do Desenvolvimento, na sua 6ª edição, desta vez na cidade de Bonito, com a presença do Secretário Adjunto do Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Ricardo Senna, o diretor da Dunas Race, Roque Horta, Matheus Dauzacker, superintendente de Turismo da Sectei anunciou a intenção do governo do Mato Grosso do Sul em trazer a 25ª edição do Rally dos Sertões para a cidade, encerrando a prova no ano de 2017.
Na sequência, Roque Horta, diretor da Dunas Race, empresa organizadora do evento, apresentou a prova e discorreu sobre as vantagens do evento para as cidades participantes.

 A história do Rally dos Sertões começa com o Rally São Francisco, em 1991, entre Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e Maceió, nas praias do Nordeste brasileiro. O ano de 1993 marcou a primeira edição do Rally dos Sertões, com largada em Campos do Jordão, na região fria e montanhosa do estado de São Paulo, com chegada nas praias do Rio Grande do Norte. A competição reuniu 34 motos (então era a única categoria) e 3,5 mil quilômetros de percurso. Natal foi também o destino final da segunda edição, em 1994], com 4.500 quilômetros e 44 pilotos de todo o Brasil e também de fora, iniciando a fase internacional do evento.

Os resultados positivos dos dois primeiros anos selaram à terceira edição do Rally Internacional dos Sertões, em 1995, o status de grande evento , e a confirmação veio pela participação de grandes ícones do motociclismo mundial, como o italiano Edi Orioli, que venceu o Rally Dakar de 1996, e os espanhóis Fernando Gil e Jordi Arcarons. A terceira edição do Sertões marcou também a estréia dos carros com tração 4×4, tornando as possibilidades da prova ainda maiores.
Em 1996, o evento passou às mãos de Marcos Ermírio de Moraes e à Dunas Race, empresa por ele criada, para transformar a competição no maior rali do mundo disputado dentro de um único país.
O Sertões move uma caravana de duas mil pessoas durante 15 dias, tendo governos, prefeituras, investidores privados e empresas de comunicação como parceiros para movimentar algo perto de 50 milhões de reais por edição. Por estimular o consumo em cada uma das pequenas cidades pela qual a prova passa, gera um impacto econômico único para aquelas comunidades.  
 Mato Grosso do Sul já foi inserido no roteiro dos Sertões, na edição de 2015, quando os competidores passaram por Três Lagoas em seguida no estado de São Paulo e se dirigiram à Foz do Iguaçu, onde a prova encerrou com a chegada na Usina de Itaipu.

Roque Horta falou sobre as ações paralelas à competição que seguem duas linha distintas, sendo as Ações Ambiental e Social.
A Ação Ambiental tem a responsabilidade de recolher o lixo gerado pelo rali em todo o seu percurso e nos acampamentos.
O objetivo principal da equipe é a remoção dos resíduos provenientes de acidentes com os veículos da competição. Esses acidentes podem deixar vidros quebrados, pedaços de ferro e fibra como pára-choques ou portas e até mesmo derramamento de óleo.
Especificamente no caso do óleo, desde 2003 o grupo está preparado com equipamentos específicos para a contenção de óleo derramado tanto na terra quanto na água, através de um Absorvente Industrial Ecológico, inteiramente natural que utiliza a melhor tecnologia disponível para absorver derivados de petróleo e outros materiais orgânicos.
Ao terminar o rali, além de limpar as trilhas e os acampamentos por onde passa a caravana, a Equipe Sertões Ambiental espera tornar os profissionais do evento e as comunidades envolvidas cada vez mais conscientes de sua responsabilidade ecológica.
A Ação Social do Rally dos Sertões compreende na realização de diversas atividades e programas levados por uma equipe de profissionais coordenada pelo S.A.S.

Através do Programa de Desenvolvimento Sustentável da Escola, os trabalhos abrangem as necessidades locais nas áreas de educação e alfabetização, saúde, meio ambiente, cultura e inclusão social, sendo executados respeitando as vocações da comunidade e estimulando o potencial de seus habitantes, promovendo o desenvolvimento territorial sustentável.

Hoje, a ação desenvolvida, é considerada a maior iniciativa social privada ligada ao esporte no país, com milhares de atendimentos médicos, distribuição de toneladas de material educativo e realização de centenas de palestras e oficinas instrutivas.

Fonte: Bonito Net

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